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Cuidados com discos rígidos

Na minha opinião, não há item de hardware mais crítico em um ambiente computacional do que o disco rígido. Se houver algo de errado com ele, logo se instaura um risco imitente de perda de dados. Um micro pode ter diversos outros problemas de hardware, seja com processador, memória ou periféricos, mas em geral basta trocar o item defeituoso e tudo volta ao normal. Com o disco, trocar por outro não resolve o problema, e sim cria outro problema ainda maior – a perda definitiva dos dados, a parte mais fundamental a ser protegida em qualquer ambiente computacional. A maneira mais comum pra minimizar a perda de dados com problemas de disco é manter redundância, através de RAID (RAID5, RAID1, RAID10, ou variações), além de ter backups atualizados.

Quando se conhece um pouco mais como os discos rígidos funcionam, é fácil se alarmar ainda mais. Depois dos drives de disquete, talvez o disco rígido seja o componente mais mecânico de um computador. O desgaste dos componentes mecânicos e o mecanisco magnético trazem fragilidades importantes ao componente. Discos rígidos já contêm em sua especificação um MTBF, ou Mean Time Between Failures. Traduções à parte, esta métrica ilustra o tempo médio que o produto terá até ocorrer uma falha. Isso significa, simplesmente, que o próprio fabricante do disco rígido está lhe informando que o disco irá falhar em uma certa quantia de tempo. O MTBF é informado em horas. Por exemplo, um disco rígido SATA da Seagate, modelo Barracuda 7200.11 (de 1 TB de capacidade), tem 750.000 horas de MTBF (85 anos). Já discos SAS, SCSI ou Fiber Channel, como o Seagate Cheetah 10 Krpm, tem o dobro de MTBF, 1.400.000 horas. Esses números parecem animadores, mas na prática os discos rígidos duram bem menos tempo, principalmente quando se consideram fatores como oscilações elétricas e altas temperaturas, que podem nocautear discos definitivamente.

Um aumento de 10 graus já traz sérios riscos ao tempo de vida útil do equipamento. Um software interessante para monitorar a saúde dos discos rígidos é o HDDLife. Há uma versão gratuita, que funciona como um Google Gadget ou aplicação standalone. A figura a seguir mostra o HDDLife Google Gadget, que exibe o estado geral de temperatura e índices de leitura e escrita do dispositivo. A versão Pro trabalha com múltiplos discos, detalha mais os indicadores, e permite notificações.


Figura 1: Foto de tela do HDDLife Google Gadget.

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  1. Clayton
    01/09/2008 às 12:52

    Fábio,
     
    Praticamente todas as BIOS de PC\’s suportam o padrão SMART (Self-Monitoring Analysis and Reporting Technology). É um recurso que permite "medir" o desempenho dos HD\’s por meio de sensores e métodos. Uma descrição mais completa pode ser vista no site HD Sentinel. Vários softwares gratuitos (acredito que o HDDLife seja um deles) têm acesso aos dados do SMART e, com isso, podem "prever" quando um disco poderá apresentar problemas.
     
    Obviamente, isso não elimina os cuidados com redundância. Afinal, quando uma falha acontecer, pode ser simples e causar apenas o transtorno de reinstalar tudo. Mas pode ser grave o suficiente para obrigar você a restaurar um backup de outra mídia.

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